Mentes Criminosas - Análise de Personagens e História

       E aí pessoal, tudo bem? O livro a ser analisado hoje será o Mentes Criminosas, de Sérgio Pereira Couto. É um livro sobre suspense e investigação (como deu para perceber no título) e se passa em Little Rock, a maior cidade do estado norte-americano do Arkansas. Obrigado Wikipédia!
       Após a morte de um famoso cantor de blues, Tony Drashko e sua parceira Jen (foi mal, esqueci o nome completo dela, depois explico por quê) são chamados para resolver o crime. No começo, o caso já começa difícil: o assassino parece um perfeccionista; limpou quase tudo MAS, ele deixou um rastro de sangue, deixando brechas e mais brechas para encontrar o assassino.
       Tony, brasileiro, , representando!, e é para mim, um cara muito pouco carismático. Perdeu seus pais quando eles foram assaltados, não gosta de psicólogos e tem problemas em trabalhar com novos parceiros. Foi designado para o caso como um teste para entrar no CSA (CSI, eu sei que você pensou nessa palavra e sim, o autor também fala disso). Desde novo ele sempre gostou de coisas cujo assunto era investigação e sim, ele assistiu o seriado CSI. E MEU DEUS, como (e como!) esse livro fala dessa série. Se você nunca assistiu (como eu) nem precisa ver. Só de ler esse livro você já é um expert.
       Mas lembra que eu falei que ele tinha uma parceira? Jennifer Perez é uma das personagens do livro mais carismáticas (bem, nesse livro só há praticamente 2 carismáticos). Ela é mais experiente no trabalho do que o Tony e teve um passado parecido como o dele. Eles já haviam se conhecido antes do caso; Tony já havia presenciado uma palestra dela (não tenho que dizer que era sobre investigação, né?) e logo já a aceitou como parceira. No livro diz que a considera inteligente e bonita, então eu já pensei: "Pronto, vai rolar um love ter uma fusão entre romance e investigação". Mas por mais impressionante que seja, não teve. Pelo menos ainda, pois não terminei o livro.
       Lembra que eu brinquei dizendo que eu não lembrava do nome dela? A causa disso é que, como eu já disse, ela é uma das poucas personagens carismáticas do livro, mas o problema (CUIDADO, PROBABILIDADE DE SPOILER) é que depois da página 120 acontece um problema envolvendo um assassinato com a sua arma. Não, não foi ela que assassinou (penso e) mas ela poderia ser acusada de facilitá-lo, fazendo seu superior suspendê-la de seu trabalho. Não terminei o livro, mas se houver alguma mudança, eu publicarei outro post sobre o livro. Ela é substituída pelo seu ex-marido, Herbert Greenie, que não considero 100% carismático, mas o seu modo de resolver os problemas e seus diálogos são no mínimo engraçados.
       Uma coisa muuuito estranha que acontece muuuito frequentemente é o seguinte: toda vez que acontece algo que envolve conhecimento de investigações profissionais como análise de sangue, de cabelo ou até mesmo de uma bala, um personagem explica isso muito bem detalhado. Isso é legal, porque sou fã de investigação e é algo útil de se aprender, mas o estranho é que não é numa narração que isso acontece, tipo aquele momento em que se descreve o ambiente e tal, mas sim no diálogo, o que muda bastante a gravidade (pelo menos para mim). Não é como tipo:
       "A bala vindo do rifle saiu silenciosamente, percorrendo 23km em menos de 2 segundos, causando um enorme estrago na vítima." Acontece às vezes sim, mas não é a maioridade.
       O autor escreve assim: é como se um sargento olhasse para uma arma e dissesse para seu cadete: "Quem imaginaria que isso seria tão mortal 300 anos atrás, ein?" Aí o cadete responde: "É verdade, mesmo com 9mm ela pode disparar 15 tiros em 7 segundos, fazendo uma rotação de 486km e indo no máximo 17 metros. Com o seu pente de 17 balas e 3cm cada um, essa arma consegue perfurar até 3 metros de profundidade. Agora imagine antigamente em que até em 1923 essa arma..." Entendeu? É como se eles fossem dar uma aula a cada 14 páginas, deixando esse livro com mais cara de "Aprenda a Arte da Investigação" do que um livro de suspense.
       Obrigado se você leu até aqui, e se até no final do livro mudar alguma coisa que eu falei aqui, publicarei outro post, como eu falei anteriormente. Tchau!


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